No último sábado a escola teve sua reunião pedagógica, ocasião em que foram tratados diversos assuntos e informes e, especialmente, quando os professores tomaram conhecimento do projeto Observatório da Educação do Campo, no qual a escola está envolvida. Fazendo parte do núcleo Capes-Inep da Faculdade de Educação da UFPel, em parceria com as universidades federais de Santa Catarina e Paraná, o projeto visa a verificação da realidade das escolas do campo no sul do Brasil, tendo como linha de pesquisa o letramento, a alfabetização, a prática e a formação dos professores. As escolas selecionadas para participar, na nossa região, são Wilson Müller, Rafael Brusque e João da Silva. A duração do projeto será de quatro anos. Cada escola contará com um representante ( a nossa representante é a professora Regina Célia Rodrigues Batista), mais um graduando e um mestrando da UFPel. A coordenação, por parte da Universidade Federal de Pelotas, caberá à professora Dra. Conceição Paludo.
sábado, 26 de maio de 2012
Nossa escola comemora 84 anos de compromisso com a comunidade.
João da Silva também participa da Festa. |
A Escola já está enfeitada para a Festa. |
84 anos de História e luta. |
Refeitório e cozinha quase prontos. |
Novas salas e banheiros em construção. |
Durante esta semana nossa escola estará em festa a fim de comemorar seus 84 anos. Será realizado um torneio de futebol inter-séries e atividades desenvolvidas em sala de aula pelos professores, culminando com uma festa no próximo sábado, dia 02 de junho com a entrega das premiações dos jogos, apresentações e distribuição de bolo para a comunidade. Toda esta comemoração se justifica pelo fato de que nestes longos anos de existência
a Escola Municipal João da Silva Silveira sempre esteve ligada as lutas da
comunidade por melhores condições de vida e acesso a cidadania. Até mesmo a fundação
da escola se deu por iniciativa de uma moradora local, a Professora Eulália
Medeiros dos Anjos, que veio a ser a nossa primeira professora. Antes da
criação da escola, que ocorreu em 19 de maio de 1928, a professora Eulália já ensinava as
crianças do Monte Bonito a ler e escrever, inicialmente em sua própria casa e
depois em espaço cedido pela antiga Companhia Francesa que explorava a extração
de pedras na região. Em 1944 houve uma tentativa do governo municipal de
afastar a professora Eulália da escola, mas a comunidade se mobilizou e ela
retornou a escola permanecendo até 1959, quando se afastou definitivamente por
motivo de saúde. Em 1976 a escola mudou-se para o local onde funciona até hoje,
nesta época eram oferecidas apenas as séries iniciais, de 1ª a 4ª série. Para
que tivéssemos a pré escola, em 1978 a comunidade se mobilizou mais uma vez e
conseguiu conquistar mais este benefício. O mesmo se deu em 1984, quando a
comunidade conquistou o direito de ter o ensino fundamental completo com a
implantação da 5ª série e posteriormente das demais séries até 1987, quando se
formou a primeira turma de 8ª série. Em 2002 a escola passou a funcionar à
noite com a implantação de Educação de Jovens e Adultos de 1ª a 8ª etapa,
correspondente ao ensino fundamental completo. Recentemente nos mobilizamos
para conseguir que a Secretaria Municipal de Educação realizasse melhorias no
espaço físico da escola e após muitas reuniões de representantes da comunidade,
conselho escolar e da direção com representantes da SME conquistamos a
ampliação e reforma da escola. As obras estão em fase de conclusão e logo
teremos um novo refeitório e cozinha, duas salas de apoio, laboratório de
informática, mais 4 salas de aula, dois banheiros adaptados para
deficientes, uma sala de professores e
construção de passarelas interligando os diversos espaços da escola. Ainda fica
faltando a quadra coberta, vez que a nossa escola é uma das poucas que ainda
não tem e já nos foi prometido por parte da Secretaria Municipal de educação e Desportos inclusive um ginásio de esportes. Além da reivindicação por melhorias na escola, também estamos integrados com a
comunidade do Monte Bonito na luta por melhorias no transporte coletivo, nas
estradas, no atendimento a saúde e outras. Recentemente conquistamos a Escola
de Educação Infantil para o nosso distrito, coube a escola inclusive
intermediar as negociações para a compra do terreno onde a mesma será construída.
Esta tem sido a nossa História de compromisso com a comunidade, afinal o preparo para o exercício da
cidadania é o ponto central do nosso Projeto Político Pedagógico. Parabéns a
todos, professores e professoras, funcionários e funcionárias, pais e mães,
alunos e alunas que fazem ou fizeram parte desta História.
Prof. Ricardo Moreira
Diretor
terça-feira, 22 de maio de 2012
Escola define novo calendário letivo
Pais e mães chegam para a reunião. |
Salão da igreja do Evangelho Quadrangular recebe a comunidade escolar. |
Diretor fala aos pais. |
Pais e mães aprovam o calendário de recuperação da Greve. |
Antes de debater o novo calendário, professoras e funcionárias recebem homenagem pelo dia das mães. |
No intervalo o tradicional café |
Professora Sônia foi sorteada com um brinde oferecido pela colega Cláudia Griepp em homenagem as mães. |
Antes de encerrar a reunião uma demonstração de união. |
A comunidade da Escola João
da silva Silveira já definiu seu calendário de recuperação dos dias de greve.
Na sexta feira, dia 18 de maio os pais, mães e responsáveis por nossos alunos
se reuniram no salão da Igreja do Evangelho Quadrangular, próximo à escola. Na
reunião foi avaliado o movimento dos professores e os pais colocaram que,
apesar do transtorno causado, os professores tinham o direito de reivindicar. Também
foi destacado o trabalho realizado pela escola e o fato da escola estar
integrada com a comunidade, citando como exemplo as festas realizadas para todas
as crianças, independente de estarem ou não matriculadas na escola. Quanto ao
calendário os pais definiram que diante das alternativas é melhor trabalhar aos
sábados e cancelar as férias de julho. A direção alertou que serão mantidos os
sábados festivos, já planejados no calendário anterior, vez que tratam-se de
propostas pedagógicas já consolidadas em nossa escola e que os demais sábados
acrescentados serão efetivados com aula. Além disso, foi necessário estender o
ano letivo do dia 14 de dezembro para o dia 11 de janeiro. No dia seguinte, 19
de junho, sábado pela manhã se reuniram os professores e funcionários que
aprovaram o que foi sugerido pelos pais, durante a reunião anda avaliamos o movimento de greve considerando como positiva a união do grupo dos professores da nossa escola neste período. Houve ainda homenagem as mães e, como sempre acontece em nossas reuniões, não poderia faltar um farto café da manhã.
Prof. Ricardo Moreira
Diretor
Prof. Ricardo Moreira
Diretor
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Termina a greve. A mobilização continua.
O voto que encerrou a greve |
Mesmo com o corte de ponto um grande número de professores se manteve firme até o final |
O professor Arthur afirma a importância das redes sociais no movimento |
O magistério municipal retorna às aulas a partir desta quinta-feira. Na assembleia desta quarta-feira pela manhã, no Pelotense, a parte do magistério que restava em greve, e que lutou até o final pela implantação do piso, votou hoje, quase que com unanimidade, pelo fim do movimento. Após 52 dias paralisados, os professores e auxiliares de educação infantil do Município definiram por acolher a proposta conciliatória formulada pelo Ministério Público do Trabalho, encerrando a greve e retornando às atividades normais a partir de amanhã. A proposta aceita pelos municipários partiu do Ministério Público do Trabalho, que apontou para o término da greve, e, em contrapartida, a formação de uma comissão tripartite com vistas a “superar os impasses” relacionados ao cumprimento da Lei do Piso dos Professores, o pagamento dos salários do período de greve e a não aplicação de qualquer medida punitiva aos professores e auxiliares de educação infantil por parte da Prefeitura em decorrência da participação de servidores na paralisação. Mesmo retornando aos locais de trabalho, atentos à atuação da comissão tripartite, os professores seguem mobilizados no aguardo da próxima assembleia marcada para breve, que dará conta dos resultados da negociação.
Por Maribel Felippe
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Ser mãe é gestar a Vida Nova
Geralmente nesta época do ano, com a proximidade do Dia das Mães,
se fala de bondade, ternura, encanto, sabedoria, paciência, doçura... Penso
então, será que são apenas estes tipos de sentimentos que abriga um coração de
mãe? Ou também encontramos lá o sofrimento, a preocupação, a luta e a garra da
mulher que sempre encontra forças para garantir a sua família o amor e o
cuidado necessário, muitas vezes renunciando a seus próprios desejos para
garantir a felicidade de seus filhos. Esta mulher que gera vida, antes e depois
da gestação, garantindo o desenvolvimento, alimentando, orientando e educando. Esta
mulher que luta e que pela sua ação vai construindo novas relações de amor e
solidariedade e que representa a esperança de um mundo melhor. Não importa se é
chamada de mãe, esposa, avó, tia, madrinha, irmã, companheira, amiga... toda
mulher tem o poder de criar vida nova, quer seja por gestação ou por suas
ações, e por isso elas merecem todo o
nosso reconhecimento no dia das mães e em todos os demais dias do ano.
Prof. Ricardo Moreira
Diretor
terça-feira, 8 de maio de 2012
Magistério segue firme apesar do corte de ponto
Segue o movimento |
A assembleia de hoje pela manhã, no Pelotense, decidiu pela continuidade da greve. Estão previstos no calendário de atividades do movimento uma audiência pública na Câmara, nesta quarta à tarde, um bandeiraço na Avenida Bento Gonçalves, às 17 h de quinta, e uma nova assembleia para avaliar a greve, sexta-feira, às 14 horas, no Pelotense.
Por Maribel Felippe
domingo, 6 de maio de 2012
Aluno da Escola fala sobre a Greve das Professores
Os professores entraram de greve porque querem um salário digno, um
professor tem o papel mais
importante na vida de um adolescente,
jovem ou criança. A escola foi criada
para que todos os jovens e crianças pudessem
aprender um pouco mais de sua vida,
dos seus costumes e sobre o que aconteceu
no passado e o que esta acontecendo
hoje no nosso planeta. A greve dos nossos professores iniciou-se no dia 22/03/2012 hoje esta
completando trinta e oito dias,
os nossos professores, mesmo em greve, devem receber o salário deles, eu
acho muito errado cortar salário,e os que tem filhos, como será que estão vivendo sem salário?.
Se eles escolheram esta profissão é porque eles sim se importam com a
educação do nosso país e
se os nossos governantes se importassem
também com a educação eles pagariam o salário
deles.
ALUNO DA ESCOLA JOÃO DA SILVA SILVEIRA
Monte Bonito-9ª distrito-de Pelotas
terça-feira, 1 de maio de 2012
Dia do Trabalho
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A Pastora - tela de Jean-François Millet (pintor do século XIX conhecido por retratar trabalhadores rurais) |
Em uma conceituação sociológica, cultura é tudo aquilo que o homem cria e coloca à sua disposição. É algo inerente ao ser humano não existindo fora dele, vez que o homem não consegue viver no mundo natural tal como lhe foi apresentado. Ao contrário, através de sua criação, ele o modifica e transforma.
Nos primórdios, sendo o homem ainda uno com o meio natural, e dependendo apenas das forças do seu corpo para defender a si, a prole e a tribo, vê que precisa de mais. Vê-se, enfim, há milhares de anos, diferenciado dos animais. Como em 2001, uma Odisseia no espaço, na famosa cena do arremesso do osso, o homem, enfim animal pensante, percebe que pode ser mais do que o seu corpo é. Percebe que os objetos podem ser o prolongamento do seu corpo, de seus membros.
Assim, provedor de si próprio, da prole e da tribo, esse homem terá de usar sua inteligência e sua força para enfrentar os desafios que o seu corpo só não consegue.
Na evolução dos séculos, ele prolonga sua mão, criando o machado e as ferramentas que lhe garantem o sustento. Cria o ferro da lança que lhe garante a defesa. Depois a roda, que como prolongamento de seus pés e pernas, o leva a confins e distâncias a que jamais pensou chegar ou que sequer ousou pensar. Cria a máquina fotográfica e a filmadora para que retenham do mundo a beleza perene que seus olhos não conseguem segurar. E, como seus sonhos, de tão grandes, já não lhe cabem mais na cabeça, ele cria o cérebro eletrônico dos computadores, que passam a ser, eles também, criadores de um inimaginável universo virtual.
Esse homem, que transformou em cultura o que era só natureza e que, fazendo isso, transformou-se para sempre, criou o mundo do trabalho e dele quis a perfeição e desejou a dignidade.
E é esse homem que, em nossos dias, muda o mundo através da força do seu trabalho. Um trabalho que, para ser digno, deve realizar-se em condições de legitimidade e de direito. É imperativo que se entenda que, esse mundo da cultura, para valer a pena, deve basear-se no sumo bem que é a felicidade.
Assim, cria-se e trabalha-se para o bem. O retorno disso deve ser que quem realiza esse trabalho deve ser respeitado e valorizado. De tal sorte que um trabalhador, um transformador do mundo, deve ter a garantia de seus direitos. As leis, que também são criação do homem, também são frutos da cultura e, por também visarem o sumo bem da felicidade, devem ser cumpridas. Para os trabalhadores, transformadores do mundo, só se quer uma coisa: Justiça!
Por Maribel Felippe
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