segunda-feira, 3 de abril de 2017

Comunidade se reúne para debater a reforma da previdência

Nossa escola costuma realizar três seminários da comunidade escolar por ano, Um no inicio do ano letivo, outro no inicio do segundo semestre e o terceiro no final do ano. Geralmente no primeiro seminário do ano aproveitamos o tema da campanha da fraternidade para debater com a comunidade e estabelecer ações a serem desenvolvidas durante o ano. Este ano, atendendo a pedidos e tendo em conta a relevância do tema, o assunto do seminário foi a reforma da Previdência Social. Para contribuir conosco neste debate estiveram o Professor Marcus Cunha, que também é advogado previdencialista e vereador e a colega, presidente do Sindicato dos Municipários de Pelotas, Tatiane Rodrigues. Nas falas os destaques foram para a importância de estarmos atentos as mudanças propostas pois elas representam perdas de direitos arduamente conquistados pelos trabalhadores, que as justificativas para as alterações propostas são mitos e que a previdência não estaria com problemas se as grandes empresas devedoras do INSS pagassem suas dívidas. 

Entre as mudanças propostas estão:

      Aumento da idade minima para aposentadoria com 65 anos de idade tanto para homens como para as mulheres;
      Aumento do tempo de contribuição de 15 para 25 anos;
       Fim da aposentadoria Rural, todos passam a ter as mesmas regras;
    A aposentadoria com salário integral só será possível com 49 anos ininterruptos de contribuição;
       Impedimento de receber aposentadoria e pensão, tendo o contribuinte que optar por um dos dois.

Conforme Tatiane Rodrigues do SIMP estas mediadas, se aprovadas, vão criar barreira que tornarão impossível se aposentar, pois quando se conseguir cumprir com todas as exigências já estaremos com mais de 80 anos, quem conseguir, vai contribuir a vida toda e vai desfrutar de poucos anos de aposentadoria, e se morrer não vai poder deixar nem para a esposa ou para o marido se o mesmo já estiver aposentado.

Para Marcus Cunha as mudanças propostas são inconstitucionais e destacou que na ultima eleição foi escolhido uma plataforma para o país que não contemplava estas mudanças. Após o afastamento da presidenta eleita o vice presidente assumiu e rompeu com a plataforma escolhida pela maioria e, sem consultar a população, passou a retirar direitos sociais já consolidados.

Concluindo o encontro os presentes decidiram que mediadas tem que serem tomadas e ficaram com o compromisso de repassar as informações, participar das atividades contra a reforma da previdência, como as atividades do dia 28 de abril, quando está marcada uma greve geral, além de continuar o debate na escola e na comunidade.









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