Regina é nossa representante no projeto e narra abaixo suas impressões sobre o encontro e a programação do evento |
* Regina Batista
Nos dias 16,17e 18 de novembro aconteceu em Florianópolis O segundo seminário de pesquisa em Educação do Campo. Se fizeram presentes participantes de diferentes lugares do país. Além dos três estados do Sul estiveram presentes representantes do Pará, Rondônia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Amazônia e Rio de Janeiro com palestras e trabalhos que estão sendo desenvolvidos nessas regiões ou em projeto inicial. Houve, também, a participação internacional de uma pesquisadora da Universidade de Zaragosa na Espanha, Profª Pilar Abós. Dentre os pesquisadores brasileiros que já desenvolvem estudos em Educação do Campo estavam Bernando Mançano Fernades, Walmir Stropossolas, daUFSC, Antônio Munarim, que coordenou o encontro, Miguel Arroyo, da UFMG, Salomão Hage, da UFPA, Edla Soares. do CEE- PE e Conceição Paludo, da UFPEL.
Os Temas das palestras foram: “Educação do Campo: Desafios políticos e epistemológico “Experiências em Educação do Campo em países Ibero-Americanos”
“Campo, ruralidades e territorialidades: desafios para pesquisa”
“Pesquisa e práticas pedagógicas: desafios na Educação do Campo”
Trabalhos apresentados:
Eixo 1 – Educação do Campo trabalho e movimentos sociais
Eixo 1 – Educação do Campo trabalho e movimentos sociais
Eixo 2 _ Educação do Campo e Políticas Públicas
Eixo 3 _ Educação do Campo e Práticas Pedagógicas.
Eixo 3 _ Educação do Campo e Práticas Pedagógicas.
Eixo 4 _ Educação do Campo, Infância e Juventude
Eixo 5 _ Educação do Campo, Território e sustentabilidade
Eixo 5 _ Educação do Campo, Território e sustentabilidade
Eixo 6 _ Educação do Campo e Educação Especial: Situação atual, demandas e perspectivas
Foram apresentados dois filmes documentários: O Celibato do Campo (Ilka Goldschimidt Vitorino e Cassemiro Vitorino) e Mulheres da Terra ( Wil Martins ).
Foram três dias de muita informação que eu não conseguiria reproduzir neste espaço na íntegra, mas o que ficou de mais importante pra mim é que estamos iniciando no Rio grande do Sul, um desafio de mudanças gerais na forma de ver a educação e a formação das novas gerações, o que se busca nas novas conjunturas sociais vivenciadas. Trabalhar o ser humano em seu global não é um assunto novo, mas com certeza nos foi lançado o desafio de sair da constatação para uma real ação educativa que ajude as crianças e jovens a entender o mundo moderno sem perder a capacidade de sentir, criticar, agir com autonomia em seu espaço, buscando sua qualidade de vida sendo solidário com seu semelhante. Pessoas que saibam ler o mundo para dele fazer parte e contribuir como sujeitos cidadãos sendo protagonistas de sua história. Também percebi que essa visão está difundida para além das fronteiras do nosso país. Que os problemas e dificuldades que enfrentamos não são diferentes em outras regiões do país e fora dele. Trago como exemplos o auto índice de repetência , as aprendizagens cada vez mais deficitárias, a falta de compromisso das instituições e de alguns profissionais e a falta de condições mínimas para desenvolver uma educação de qualidade.
Todos os palestrantes estavam num uníssimo quanto à necessidade de que se inverta a concepção de espera que as soluções venham de cima para baixo mas que se comece uma mudança de baixo para cima. Para isso é importante que os sujeitos todos saibam buscar seus direitos, saibam lutar e levar com coragem uma discussão que vise o bem comum social e que possam viver com dignidade, percebendo-se que a escola deve ser o local onde essas ações sejam discutidas e que haja participação desde a mais tenra idade para que se conheça seus espaços, seus problemas, suas necessidades e assim começar um movimento para que as mesmas sejam atendidas.
* Professora do currículo e nossa representante na pesquisa do Projeto Observatório do Campo
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