quinta-feira, 2 de junho de 2011

Assembleia de municipários bombou no Pelotense




 As manchetes da semana incendiaram a assembleia do Pelotense

A assembleia de municipários que ocorreu hoje à tarde, no Pelotense, trouxe falas exaltadas e carregadas dos arroubos de uma negociação que já passa de um mês. Realizada um dia após a marcha dos sem e em um auditório lotado, a assembleia foi o momento do funcionalismo municipal avaliar o movimento. Para Duglas Bessa, presidente do Simp, a marcha foi muito bonita e representativa e conseguiu o objetivo de reunir um grande número de pessoas. Para o professor Adriano, ex-dirigente do Simp, o movimento está bem e não deve retroceder justamente quando o governo compara o funcionalismo a vacas Jersey cuja produção leiteira está deixando a desejar. Para Adriano o que se precisa de fato é "dar nome aos bois", considerando que imoral mesmo é não pagar os salários devidos. Já o professor Sérgio Negrão, que fez sua fala ostentando e honrando sua hata árabe, entende que não se pode desistir agora, vez que o funcionalismo tem a força da inteligência e da dignidade. "Se não pagarem, eu não recupero! Vamos inviabilizar o ano letivo de Pelotas bem nos 200 anos!" -  argumenta ele. Éverton, funcionário da saúde, disse ter a luta da categoria demonstrado que pode haver unidade e que vários avanços já foram conquistados. Segundo ele, a participação da categoria no movimento força a prefeitura a negociar. Para o professor Arthur, é de grande importância que os demais funcionários mantenham-se solidários à luta dos professores em relação ao piso. "Há que se saber qual a proposta do prefeito para a integralização do piso". A funcionária Cláudia, da saúde, manifestou-se pela total solidariedade à luta dos professores, salientando que defende os que educam seus filhos, seus netos e aqueles que ama. "Acho que temos de continuar com o movimento. Essa plenária cheia nos faz um todo e temos de mostrar para esta cidade quem somos", diz ela. Para Jorge, ex-presidente do Simp, há que se continuar com o movimento e o governo deve responder à altura. Já a professora Márcia entende que, na rua , o funcionalismo faz mais a diferença do que isolado, e que há que se lutar também por uma formação de verdade para os professores, algo que seja muito mais do que reuniões de auto-ajuda. Lembrou, também, que a ameaça de corte de ponto é assédio moral. Após todos os discursos inflamados, por volta de 17 horas, a assembleia enfim definiu suas atividades para a próxima semana: continuar a mobilização, encaminhar moção de repúdio ao secretário Júlio Carucio que comparou a categoria a vacas, bem como uma ação judicial referente à ofensa recebida, reunir uma comissão de negociação para conversar com o secretário Ademar Ornel, na SMED, na terça-feira, às 14 horas, comparecer na Câmara quarta-feira, às 9:30h, para uma audiência publica, reunir-se com o executivo, na quinta-feira,  para avaliação de propostas e, na sexta-feira, às 9:30h, realizar nova assembleia no Pelotense.
Por Maribel Felippe

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