sábado, 24 de setembro de 2011

Tecnologias de Informação e Comunicação X Escola do futuro


Tecnologias de Informação e Comunicação X Escola do futuro

Neiff Satte Alam (*)

           “Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares”. Elisângela Fernandes, Revista Nova Escola/junho 2010.

                É urgente o ingresso na sala de aula das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Mais urgente ainda é a preparação dos professores para enfrentarem os desafios destas novas tecnologias, pois há que se entender uma necessária mudança de visão sobre “como” e “o quê” ensinar.
     A sala de aula assumiu a dimensão do Universo, não há mais limites, pois o espaço cibernético associou-se definitivamente ao espaço do pensamento universal, a noosfera. Texto e hipertexto conectados, sem dar lugar aos vícios de uma visão linear que compromete a contextualização.
     O ensino presencial deverá dar lugar a um ensino semi-presencial. As aulas à distância, mesmo que em tempo real, deverão ser incluídas no projeto político pedagógico e se apropriar das facilidades de busca de informação dos sites que tem esta finalidade, mas sempre com o cuidado de uma analise crítica sobre as fontes destas informações.
     É responsabilidade dos sistemas de ensino promover uma formação qualificada dos professores e especialistas em educação, pois se faz necessária uma construção de competência destes profissionais (formação inicial e continuada) para que não fiquem reféns da internet, principalmente dos sites de busca que, em muitos casos, são alimentados sem muito cuidado e/ou responsabilidade.
     Cabe aos professores esta tarefa de fazer bom uso do ciberespaço para que se transforme em aliado e não em inimigo, que sejam úteis na construção do conhecimento e não mais um problema na difícil missão de ensinar.
     Computadores de mesa, notebooks, IPads, IPods, Tablets, telefones celulares e outras tantas tecnologias associadas a projetores, televisores etc., estão disponíveis em grande parte de nossas escolas, mas ainda não foram suficientemente inseridas no cotidiano escolar e muito menos nos procedimentos pedagógicos da grande maioria de nossas escolas, ao ponto de não se dar falta destes equipamentos se repentinamente desaparecerem.
     As escolas deverão formar suas redes próprias e conectarem entre si e com a rede mundial formando, desta maneira, uma grande teia onde alunos, professores e gestores em educação possam absorver todas as vantagens proporcionadas pelo ciberespaço na disponibilização de informações destas novas tecnologias, pois o volume de conhecimento a ser aprendido só terá a possibilidade de absorção desta forma.
     As redes sociais deverão, então, competir com as redes educacionais, de forma equilibrada e positiva havendo, com certeza, crescimento de ambas e por consequência dos alunos, os grandes beneficiados de uma gestão firme e identificados com o aprendizado em um mundo sem fronteiras para o conhecimento.
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(*) Professor, Chefe de Gabinete da SMED
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