sábado, 7 de julho de 2012

Um evento inédito marca culturalmente a passagem dos 200 anos de Pelotas

Para testemunhar um momento emocionante, enfrentamos a fria manhã

juntamente com centenas de pessoas.

Fotógrafos e cinegrafistas embarcados buscavam o melhor ângulo

Dilermando Freitas, do Griôt Pelotas e Projeto Cabobu, de mão no sopapo, preparou a trilha sonora

O  médico e empresário Marcos Gomes, do Parque Gaúcho de Gramado, falou sobre a travessia antes  de  interpretar o peloteiro, desfazendo-se de suas vestes e jogando-se nas águas geladas do arroio para, a nado, conduzir a pelota e seu passageiro até a outra margem.

O jornalista Clayton Rocha, idealizador da travessia, discursa emocionado constatando o grande interesse da multidão em acompanhar um fato até então inédito.

Hoje, 07 de julho de 2012, dia em que nossa cidade completa 200 anos, nosso Blog se fez presente na demonstração da travessia da pelota através das águas geladas do Arroio Pelotas.  A manhã inóspita, forçada em um inverno daqueles que só gaúcho aguenta, não foi suficiente para afastar das margens do arroio uma população afoita e curiosa, prestes a testemunhar a encenação de um fato histórico inédito: a utilização do meio de transporte que deu origem ao nome da cidade de Pelotas. No momento em que a pelota foi lançada à água e iniciou-se o nado do peloteiro transportando seu passageiro, a assistência, que passara a manhã em ansiosa espera, prendeu a respiração por exatos 1:48 minutos, só explodindo em aplausos quando o enregelado condutor e seu transportado enfim chegaram à outra margem e se pôde evidenciar a performance da rudimentar embarcação. Confeccionada a partir de um couro inteiro de boi e com  armação de madeira, a pelota podia transportar um passageiro ou uma carga de 15 arrobas, ou aproximadamente  220 kg. O artesão responsável pela recriação da pelota é o pelotense Rodrigo Lobato Schlee, que atualmente é o responsável técnico pelo Parque Gaúcho de Gramado, instituição que atendeu ao chamamento do jornalista Clayton Rocha, presidente da Comissão UFPel/200 anos de Pelotas, que idealizou a travessia. 

Por Maribel Felippe

2 comentários:

Angela Luisa disse...

Isso sim é uma verdadeira máquina do tempo! Se para adultos deve ter sido um espetáculo, imagine para crianças e jovens!! Presenciar a história secular se rematerializar por alguns minutos e descobrir um pouco sobre a dureza da vida daqueles que estavam realmente na base da riqueza que fundou a cidade...

Maribel disse...

Verdade, Angela! Por isso que foi legal ter assistido! Não teve quem não se emocionasse ao imaginar o que devem ter passado aquelas pessoas, aqueles escravos, em travessias tão difíceis no nosso clima gaúcho.