O presidente do SIMP abre a discussão |
Compõem a mesa Régia,Sônia, Duglas, Andreazza, Ricardo e Adinho |
Com a palavra, Tatiane, vice-presidente do SIMP |
Realizou-se hoje, no auditório do Colégio Pelotense, uma jornada de discussões sobre o piso nacional da educação. A paralisação de profissionais da educação marcada para hoje atingiu muitas escolas do município. Ainda assim, não foi muito grande a adesão ao movimento, vez que o auditório não lotou como de costume nessas ocasiões. Na parte da manhã, vários professores e sindicalistas falaram sobre a questão do plano de carreira, considerado uma sequência da campanha salarial, plano este cuja elaboração a Prefeitura delegou ao Instituto IGAM, e que causa certa apreensão aos trabalhadores. Segundo o advogado do SIMP, Samuel Chapper, é natural que o Igam atue tanto a nível técnico quanto político, vez que defende os interesses da prefeitura. Também tem causado preocupação a questão da meritocracia, fator a ser considerado no plano de carreira e que leva em conta o desempenho do profissional. Para os que são contrários a esse critério, ele será utilizado apenas no intuito de achatar os salários. À tarde, a discussão do piso, também no Pelotense, contou com a presença do SIMP, do CPERS, do CACS, da CUT e do Conselho Municipal de Educação. Na ocasião, foram chamados para compor a mesa de debate, juntamente com o presidente do SIMP, Duglas Bessa, Antônio Andreazza, diretor geral do CPERS, o diretor da nossa escola, Ricardo Moreira, coordenador do CACS (Conselho de acompanhamento e Controle Social do Fundeb), Sônia Solange, representante da CUT estadual, e Régia Nogueira, vice-presidente do CME (Conselho Municipal de Educação), além dos vereadores Professor Adinho e Diaroni dos Santos. Para Andreazza, a questão do piso está na sociedade como um apelo de todos os setores. Ele entende que o piso é a maior conquista do CPERS em todos os seus anos de existência. " É mais do que uma conquista salarial, é também a conquista das condições de trabalho, como a hora-atividade. É uma questão de valorização profissional". Para Ricardo, " a questão do piso é mais uma questão política, de vontade política, de querer, pois os recursos se tem como conseguir". Para justificar essa assertiva, ele explicou como o CACS fiscaliza os fundos provenientes do Fundeb e lembrou que Pelotas, por ser pobre em arrecadação, contribui pouco com o fundo, mas, em compensação, recebe muito, pois isto se dá de acordo com sua necessidade, com sua demanda que é maior em virtude de a rede municipal abarcar muitas escolas. Como os recursos do Fundeb devem ser investidos no pagamento de professores em efetivo exercício, ele entende que esses valores podem garantir o piso, sendo necessária , no entanto, uma constante pressão da categoria. Já na opinião de Sônia Solange, da CUT, a Central Única dos Trabalhadores é a 5a. maior central sindical do mundo e , além do papel reivindicatório e denuncista que sempre teve, hoje possui também caráter propositivo em virtude das mudanças ocorridas no mundo do trabalho. " O país hoje é diferente, pode não ser o dos nossos sonhos, mas mudou e isso se pode perceber apesar da mídia. Temos de continuar a lutar". Ela entende que o governador assumiu um compromisso com o piso e que, portanto, há que se buscar os recursos necessários.
Por Maribel Felippe
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