segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Elvis não morreu!

A roupa extravagante acabou virando marca registrada
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Eu tinha apenas 12 anos naquele longínquo 16 de agosto de 1977. Soubemos da notícia através de uma rádio, Gaúcha ou Guaíba, não sei. Todas passaram a tocar repetidamente suas músicas. A gente morava em uma granja em Santa Vitória e, então, não havendo ainda parabólicas, as TVs pegavam quando queriam. Tudo o que sabíamos, vinha pelo rádio. Foi um grande clamor entre os milhões de fãs que ele tinha. Lembro de ter ficado muito triste porque minha mãe era fã dele e eu gostava daquela performance que ele fazia jogando a capa no palco. Naquele frio agosto, vítima de overdose de remédios, dos quais dependia full time, tanto para dormir quanto para acordar, morria Elvis Presley, o Rei do Rock, com apenas 42 anos de idade. Nascido Elvis Aaron Presley, em 8 de janeiro de 1935, em uma família bastante humilde, o garoto Elvis logo mostraria talento inigualável cantando na igreja ou se apresentando em feiras. Passando a gravar músicas de forma experimental, logo começaria a ser reconhecido. Diz-se que o marco zero do rock se dá em 5 de julho de 1954, quando Elvis, cantando de forma improvisada a canção That’s all right, mama, causa grande entusiasmo na assistência. Faria surgir aí o Rock’n Roll. Em 1956, ele já é sensação internacional e logo estará em Hollywood fazendo filmes memoráveis. Unanimidade musical, mesmo assim suscitava polêmica por fazer música considerada “de negros” pela parte mais racista e conservadora da América. Era uma voz negra em um corpo de branco, censurado ainda pelo enlouquecedor balanço dos quadris em uma época em que a incipiente TV só o mostrava da cintura para cima. Influenciado pelo blues, pelo gospel, pelo pop e até pelo country, ele logo se tornaria um dos artistas mais ricos e famosos do mundo. Não aguentou tudo isso. Nos anos 70 fazia ainda muitos shows, gravava e vendia discos como nunca. Mas, dependente de pílulas e álcool, seu coração não suportou a pressão da vida que levava. Assim, naquele dia frio e longínquo de agosto, Elvis se calava para que a sua música insuperável vivesse para sempre. Bom, é o que dizem... Eu digo que Elvis não morreu! Digo que anda por aí sussurrando sua doce voz soul, cantando alto, balançando o quadril ao som do pop rock mais poderoso, embalando as noites dos casais apaixonados com músicas como My Way, ou Love me tender ou inspirando jovens rebeldes e sem causa. Dizem que, de vez em quando, ele anda por aqui, pelo Monte Bonito, como mais um passageiro anônimo no ônibus da Bosembecker...

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Por Maribel Felippe

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